EGITO

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domingo, 11 de julho de 2010

1 X 0 = ESPANHA VENCE HOLANDA NA PRORROGAÇÃO.

EDITOR: VANDERLAN NADER (SEMENTE DE TAMARINO) EMAIL: vnader31@gmail.com

Título inédito e sofrido: Espanha vence Holanda na prorrogação

Iniesta marca o único gol da partida e põe a Fúria no seleto clube dos campeões mundiais, agora com oito integrantes



Gol da Espanha! Iniesta abre o placar, aos 10 do 2º tempo da prorrogação
Gol da Espanha! Iniesta abre o placar, aos 10 do 2º tempo da prorrogação.

  • Gol da Espanha! Iniesta abre o placar, aos 10 do 2º tempo 
da prorrogação
    Gol da Espanha! Iniesta abre o placar, aos 10 do 2º tempo da prorrogação
  • Sneijder bate falta, aos 9
 do 2º tempo da prorrogação
    Sneijder bate falta, aos 9 do 2º tempo da prorrogação
  • Xavi cobra falta sobre o 
travessão, aos 5 do 2º tempo da prorrogação
    Xavi cobra falta sobre o travessão, aos 5 do 2º tempo da prorrogação
  • Heitinga faz falta em Iniesta e recebe segundo amarelo, 
aos 4 do 2º tempo da prorrogação
    Heitinga faz falta em Iniesta e recebe segundo amarelo, aos 4 do 2º tempo da prorrogação

  • Bola bate na nuca de Braafheid e quase engana o goleiro, a 1 do 2º tempo da prorrogação

  • Fábregas chuta rente à trave, aos 13 do 1º tempo da prorrogação

  • Navas finaliza, mas a bola desvia, aos 10 do 1º tempo da prorrogação

  • Iniesta é desarmado na hora do chute, aos 8 do 1º tempo da prorrogação

  • Mathijsen cabeceia por cima do travessão, aos 6 do 1º tempo da prorrogação

  • Fábregas chuta e Stekelenburg salva, aos 5 do 1º tempo da prorrogação

  • Villa é desarmado na hora do chute, a 1 do 1º tempo da prorrogação

  • Van Persie dribla Casillas, mas já havia impedimento, aos 44 do 2º tempo

  • Robben ganha dividida com a zaga e perde a bola ao tentar driblar Casillas, aos 37 do 2º

  • Em cobrança de escanteio Sérgio Ramos cabeceia para fora, aos 31 do 2º tempo

  • Villa completa cruzamento para fora, aos 30 do 2º tempo

  • Capdevila faz falta em Van Persie e recebe cartão amarelo, aos 22 do 2º tempo

  • Defesa holandesa falha e Villa perde de frente para o gol, aos 24 do 2º tempo

  • Robben fica na frente de Casillas que faz um milagre, aos 16 do 2º tempo

  • Robben cruza na cabeça de Heitinga, mas árbitro já marcava impedimento, aos 12 do 2º tempo

  • Heitinga faz falta em David Villa e recebe cartão amarelo, aos 10 do 2º tempo

  • Xavi bate falta com perigo, aos 9 do 2º tempo

  • Van Bronckhorst faz falta em Pedro e recebe cartão amarelo, aos 8 do 2º tempo

  • Robben chuta forte e Casillas encaixa a bola, aos 6 do 2º tempo

  • Puyol toca de cabeça e Capvila fura, aos 2 do 2º tempo

  • Robben chuta cruzado para boa defesa de Casillas, aos 46 do 1º tempo

  • Xabi Alonso bate falta forte de fora da área, aos 43 do 1º tempo

  • Pedro chuta cruzado de fora da área e a bola passa rente à trave, aos 38 do 1º tempo

  • Van Persie demonstra fair play e devolve a bola para Casillias, aos 34 do 1º tempo

  • Heitinga devolve a posse de bola e quase marca, aos 33 do 1º tempo

  • Casillias tromba com Puyol na área e fica sentindo, aos 32 do 1º tempo

  • De Jong entra de sola no peito de Vabi Alonso e recebe somente cartão amarelo aos 27 do 1º

  • Sérgio Ramos dá carrinho em Kuyt e recebe cartão amarelo, aos 23 do 1º tempo

  • Van Bommel faz falta em Iniesta e recebe cartão amarelo, aos 22 do 1º tempo

  • Sneijder cobra falta e Casillas faz a defesa, aos 17 do 1º tempo

  • Puyol faz falta forte em Robben e recebe cartão amarelo, aos 16 do 1º tempo

  • Van Persie faz falta em Capdevila e recebe cartão amarelo, aos 14 do 1º tempo

  • Villa completa cruzamento e bola vai na rede pelo lado de fora, aos 11 do 1º tempo

  • Sérgio Ramos bate cruzado e Heitinga corta com perigo, aos 9 do 1º tempo

  • Após erro na saída de bola, Kuyt finaliza e Casillas defende, aos 7 do 1º tempo

  • Sergio Ramos desvia de cabeça e Stekelenburg espalma, aos 5 do 1º tempo

  • Villa é lançado por Pedro, mas árbitro marca impedimento, aos 3 do 1º tempo

  • Van Persie faz falta dura em Busquets, aos 2 do 1º tempo

  • Confira os hinos nacionais de Holanda e Espanha
Um título que nunca havia sido conquistado jamais viria facilmente. Ainda mais para uma seleção que sempre teve a fama de fracassar na hora H. Amarelona? Não. Sua cor é vermelha. E o título finalmente veio. Para a torcida da Espanha, pareceu que nunca viria. Noventa minutos que viraram 120. Ou melhor, 115, quando Iniesta estufou a rede e tirou da garganta um grito entalado há uma eternidade. Uma conquista com direito a 0 a 0 no tempo normal, 1 a 0 sobre a Holanda na prorrogação, desabafos, choro... A primeira Copa do Mundo na África viu nascer o oitavo campeão da história. A partir deste domingo, a Espanha pode colocar uma estrela no peito e exibir para o planeta que amarela é a cor da taça na mão dos seus jogadores.
A história dessa nova campeã mundial não começou no Soccer City. No início tinha outro técnico, Luis Aragonés, e quase os mesmos jogadores. O time vencedor da Eurocopa de 2008 transformou a Espanha na seleção a ser batida. O treinador mudou, entrou Vicente del Bosque, e voltou a decepção: fracasso na Copa das Confederações, derrota na estreia do Mundial contra a Suíça. Mas o time que melhor toca a bola no planeta deu a volta por cima. E termina 2010 no topo.
Para a Holanda, que já chegara à final em 1974 e 1978, fica a decepção de acumular seu  terceiro vice-campeonato em Copas do Mundo. E, desta vez, após vencer todos os jogos das eliminatórias e da trajetória na África do Sul.
Espanha Campeã mundia O goleiro e capitão Casillas ergue a taça ao lado de seus companheiros (Foto: Reuters)
As duas equipes começaram o jogo com as formações que venceram na semifinal. Assim, Fernando Torres continuou no banco da Espanha, e Pedro foi titular no ataque. E o artilheiro David Villa ficou preso entre os zagueiros, com pouca mobilidade. A Laranja contou com sua força máxima, do 1 a 11, com as estrelas Sneijder e Robben presentes.
A Fúria conseguiu ter mais posse de bola, do jeito que gosta, durante os primeiros 90 minutos: 57%. Mas não conseguiu marcar nos 12 chutes que teve, enquanto a Laranja tentou nove. Pela primeira vez desde 1994, quando o Brasil bateu a Itália nos pênaltis, a final terminou com 0 a 0 e foi para a prorrogação. Com o Soccer City lotado pela segunda vez no Mundial (84.490 torcedores, mesmo público da partida de abertura), Espanha e Holanda fizeram a final com o maior número de cartões amarelos da história: 13. Ainda teve um vermelho para Heitinga, na prorrogação.
Cinco cartões amarelos e poucas chances
Nigel de Jong entrada dura jogo Holanda x Espanha finalDe Jong dá uma voadora em Xabi Alonso: lance
valeu apenas o cartão amarelo (Foto: Reuters)
Quem esperava o futebol arte se decepcionou nos primeiros 45 minutos. Sabe aquela Espanha que toca bem a bola e a Holanda fatal nos contra-ataques? Não entraram em campo. As duas seleções deram vez a uma faceta mais violenta, que ainda não haviam mostrado na Copa: foram cinco cartões amarelos, sendo que pelo menos um merecia a expulsão - Heitinga deu uma voadora no peito de Xabi Alonso.
A Fúria chegou à partida com 81% de aproveitamento em passes certos. Mas no primeiro tempo teve 75%, errando toques bobos. A Laranja foi bem pior: 55% de acerto. A primeira boa jogada foi espanhola. Sempre perigoso nas cobranças de falta, Xavi cobrou uma na cabeça de Sergio Ramos, que, da marca do pênalti, obrigou Stekelenburg a fazer grande defesa, aos quatro minutos. Aos sete, a Holanda deu o primeiro chute a gol com Kuyt, de fora da área, nas mãos de Casillas.
Pela direita, a Fúria conseguia bons ataques e quase marcou um golaço aos dez: Iniesta achou Sergio Ramos, que entrou na área, pedalou para cima de Kuyt e bateu cruzado, mas Heitinga tirou perto da linha. Um minuto depois, em novo cruzamento da direita, David Villa pegou de primeira de canhota e acertou a rede por fora, fazendo alguns torcedores até comemorarem.
Aos 34 minutos, um lance inusitado quase resultou em gol para a Holanda. Após o jogo parar para atendimento médico, Heitinga resolveu devolver a bola para Espanha e chutou, do seu campo, em direção a Casillas. A bola quicou na frente do goleiro, que teve que se esticar para tocar nela e colocar para escanteio (veja no vídeo ao lado).
O time de Bert van Marwijk passou a gostar mais do jogo e a procurar o ataque na segunda metade do primeiro tempo. De pé em pé, a bola chegou a Mathijsen na área, aos 36, mas o zagueiro furou feio e desperdiçou boa oportunidade. Aos 45, mais uma boa troca de passes e Robben, do bico direito da área, arriscou e acertou o cantinho esquerdo de Casillas, que conseguiu salvar.
Oportunidades claras não tiram o zero do placar
As equipes voltaram para o segundo tempo sem substituições. Com dois minutos, a Espanha tentou sua famosa jogada de escanteio, que faz sucesso no Barcelona e valeu até a vitória na semifinal sobre a Alemanha: Xavi cruzou, Puyol subiu e encostou de leve na bola, mas Capdevila furou na pequena área.
A Laranja apostou nos contra-ataques e chegou duas vezes perto de Casillas. Mas Xavi chegou ainda mais perto do gol: em cobrança de falta aos nove, a bola passou rente ao travessão. Aos 15, Vicente del Bosque fez a primeira substituição da partida, mexendo no ataque: tirou Pedro e pôs Navas. Mas quem entrou de verdade no jogo foi Sneijder. Até então sumido, o camisa 10 criou a melhor chance até então: aos 18, o craque acertou um lançamento perfeito para Robben entre dois zagueiros espanhóis. O atacante do Bayern de Munique invadiu a área, cara a cara com Casillas, e chutou, mas a bola bateu no pé do goleiro e foi para escanteio.
Robben chute Holanda contra Espanha Sozinho, Robben perde chance de ouro, ao chutar para defesa de Casillas com o pé (Foto: Reuters)
Aos 24, foi a vez de a Espanha desperdiçar a sua melhor oportunidade na final: Navas cruzou da direita rasteiro, Heitinga cortou mal, e a bola ficou com Villa, na pequena área, mas o chute bateu na zaga e foi para escanteio, por cima. Aos poucos, a Espanha voltou a controlar o jogo. E a velha estratégia de apelar para o cruzamento de Xavi voltou a ser utilizada: aos 31, ele bateu cruzamento na cabeça de Sergio Ramos, que, livre e de cara para Stekelenburg, concluiu para fora. Um lance parecido ao gol de Puyol contra a Alemanha na semifinal.
Robben igualou o placar de oportunidades claras perdidas ao ficar novamente sozinho diante de Casillas, aos 38 minutos, depois de ganhar de Puyol na corrida. O goleiro saiu bem e evitou o drible, e o holandês reclamou de forma acintosa de falta do zagueiro, recebendo o nono cartão amarelo do jogo. Com os ataques em um mau dia, os 90 minutos terminaram com 0 a 0.
Iniesta marca e vira o herói
A prorrogação começou com o mesmo panorama da segunda etapa, com gols sendo desperdiçados. Fabregas, que substituíra Xabi Alonso, recebeu ótimo passe de Iniesta e chutou para defesa salvadora de Stekelenburg com o pé. No lance seguinte, foi a vez da Holanda: Casillas saiu mal do gol em cobrança de escanteio, e Mathijsen não aproveitou, cabeceando para fora.
Iniesta gol EspanhaIniesta comemora o gol da vitória, mostrando
camisa em homenagem a Dani Jarque (Foto: EFE)
A Espanha chegava com mais frequência e mais perigo. Iniesta tentou um drible em vez de um chute e perdeu boa chance. Jesus Navas preferiu o caminho oposto e concluiu mesmo com Van Bronckhorst  à sua frente. A bola bateu nele e na rede pelo lado de fora, arrancando um sorriso do goleiro Stekelenburg.
Os treinadores fizeram suas últimas substituições na tentativas de tirar o zero do placar. Bert van Marwijk pôs Van der Vaart e Braafheid nos lugares de De Jong e Van Bronckhorst, e Vicente del Bosque trocou o artilheiro Villa por Torres. O holandês ganhou um motivo para se preocupar quando o zagueiro Heitinga recebeu o cartão vermelho após falta em Iniesta.
O gol, que teimava em não sair, veio aos dez minutos do segundo tempo da prorrogação. Começou com jogada valente de Jesus Navas, que correu em direção ao ataque, teve sequência com troca de passes, até Fabregas dar a assistência para Iniesta chutar cruzado. Na comemoração, exibiu camisa em homenagem a Dani Jarque, capitão do Espanyol que morreu no ano passado, aos 26 anos. Casillas já chorava em campo mesmo antes do apito final, consciente de que fazia parte da história do futebol espanhol.
Puyol consolando SneijderPuyol consola Sneijder após a derrota holandesa na decisão no Soccer City (Foto: Reuters)
 

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